sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
UEM lança pesquisa sobre parasitas de peixes de água doce
Fonte: http://maringa.odiario.com/
Dentro das comemorações dos 40 anos do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e dos 30 da instalação do Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia), foi lançado sexta-feira à noite, no anfiteatro do Nupélia, o livro Parasitas de Peixes de Água Doce do Brasil, que teve como um dos organizadores o professor e pesquisador Gilberto Pavanelli, que foi reitor da UEM entre 2002 e 2006.
A publicação é da Editora da Universidade Estadual de Maringá (Eduem) e o lançamento ainda contou com a presença do reitor da UEM entre 1982 e 1986, Paulo Roberto Pereira de Souza, e da reitora entre 1998 e 2002, Neusa Altoé, além do atual reitor, Júlio Santiago Prates Filho, e diversas autoridades, alunos, professores, agentes universitários e familiares. Em seu discurso, Pavanelli dedicou-se a agradecer àqueles que colaboraram de alguma forma com a produção do livro, e destacar o trabalho do Nupélia, do curso de Ciências Biológicas, da Eduem e da UEM. Ao final de sua fala, o professor dedicou o livro ao seu neto, que estava presente no evento.
A deputada federal Cida Borghetti, agradeceu a parceria com a UEM e com o Hospital Universitário de Maringá (HUM), lembrando da apresentação do fluxo da Unidade de Mama do HUM, na última segunda-feira (25). O professor Paulo Roberto Pereira de Souza destacou a UEM como agente de produção e difusão do conhecimento, ressaltando que o livro Parasitas de Peixes de Água Doce do Brasil será uma referência no estudo da área no país.
O diretor Eduem, Alessandro Lucca Braccini, falou sobre o importante papel que a editora tem desempenhado, sendo considerada uma das dez melhores livrarias universitárias do país, e daparticipação da Eduem na Feira de Frankfurt, o maior evento literário e editorial do Ocidente.
Em sua fala, o diretor geral do Nupélia, Samuel Veríssimo, lembrou que o professor Pavanelli atuou no Núcleo das mais diversas formas, e agradeceu a todos os pesquisadores que participaram do livro. O chefe adjunto do Departamento de Biologia (DBI), Fábio Amodêo Lansac Tôha, destacou a importância da publicação, que será utilizada por pesquisadores do DBI e por alunos de graduação e pós-graduação.
O vereador de Maringá, Ulisses Maia, afirmou ter orgulho de participar de eventos da UEM, e se mostrou impressionado com os trabalhos realizados pelo Nupélia. Maia, que foi aluno e professor da Universidade, também disse ser admirador do professor Pavanelli.
O reitor Júlio Santiago Prates Filho destacou que o lançamento de um livro como esse reforça ainda mais o papel da UEM como difusora de conhecimento e o Nupélia como referência internacional em sua área de atuação.
A obra
Segundo o professor Gilberto Pavanelli, a concepção do livro se baseou no fato de haver ainda no Brasil uma grande carência de publicações sobre ictioparasitologia (estudo dos parasitos de peixes) em geral. "Apesar de o nosso país abrigar um número extremamente grande de peixes de águas interiores, existe poucas informações sobre seus parasitos. Estima-se que menos de um quarto das espécies de peixes brasileiras foi necropsiada com o objetivo de se estudar sua fauna parasitária. Além disso, apesar da responsabilidade de se prescrever medicamentos usados no combate aos parasitos de peixes ser de responsabilidade dos médicos veterinários, poucos são os cursos de graduação que possuem em seu currículo disciplinas que contemplem a obtenção desses conhecimentos", explicou Pavanelli.
O livro reúne textos de vários pesquisadores brasileiros, especialistas em suas áreas, que oferecem informações básicas sobre os vários aspectos que envolvem o estudo dos parasitos de peixe. A obra aborda aspectos da morfologia, ciclo evolutivo, técnicas de coleta, métodos de estudo, profilaxia e tratamento, entre outros, referentes aos grupos zoológicos onde se concentram os parasitos de peixes de água doce no Brasil. Apresenta também considerações sobre outros assuntos atuais e necessários para o melhor entendimento das relações parasito-hospedeiros e das zoonoses que podem ser transmitidas pelo pescado ao ser humano.
A publicação é indicada para piscicultores, médicos veterinários, biólogos, zootecnistas, engenheiros de pesca, farmacêuticos, profissionais de saúde pública, já que apresenta de maneira sistematizada as informações mais recentes sobre a ictioparasitologia. A expectativa dos organizadores e dos autores é que a comunidade científica brasileira possa usufruir dessa publicação, servindo como mais uma ferramenta que auxilie aqueles que tenham interesse nessa importante área do conhecimento.
Modelagem computacional ajuda a melhorar a qualidade e a segurança microbiológica dos alimentos
Fonte: Pesca.SP.Gov
Por Elton Alisson
Agência FAPESP – A indústria alimentícia de diversos países tem utilizado uma nova ferramenta para melhorar a segurança e a qualidade microbiológica de seus produtos. Trata-se da microbiologia preditiva – um sistema baseado em modelagens matemáticas e estatísticas, realizadas por softwares, para prever o comportamento de microrganismos em alimentos frescos ou processados.
Por Elton Alisson
Agência FAPESP – A indústria alimentícia de diversos países tem utilizado uma nova ferramenta para melhorar a segurança e a qualidade microbiológica de seus produtos. Trata-se da microbiologia preditiva – um sistema baseado em modelagens matemáticas e estatísticas, realizadas por softwares, para prever o comportamento de microrganismos em alimentos frescos ou processados.
O novo método se apoia no princípio de que a capacidade de as bactérias e fungos se multiplicarem nos alimentos depende de propriedades do produto, como composição, acidez, umidade, teor de sal e de antimicrobianos presentes, além das condições de temperatura, tempo, umidade relativa e atmosfera nas quais é mantido. Dessa forma, o efeito de cada um desses fatores no alimento pode ser calculado matematicamente, por meio de diferentes modelos preditivos.
Em razão de uma série de benefícios que apresenta, o método vem substituindo a forma tradicional de avaliar os riscos de contaminação de alimentos, feita atualmente por meio de análises microbiológicas em laboratório, que além de cara é limitada, uma vez que os resultados são válidos exclusivamente para a amostra avaliada, segundo pesquisadores da área.
“Como os microrganismos não se distribuem de modo uniforme em um alimento, é preciso fazer análises microbiológicas de muitas amostras do produto para concluir se ele é seguro ou não para o consumo”, disse Bernadette Dora Gombossy de Melo Franco, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade de São Paulo (USP), à Agência FAPESP.
“A modelagem preditiva leva em conta os aspectos estatísticos da variabilidade e da incerteza das medições, aliada à imprecisão dos métodos laboratoriais de análise, para chegar a essas conclusões”, explicou Franco, que é coordenadora do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC, na sigla em inglês) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP.
De acordo com Franco, com a modelagem é possível prever qual será a vida útil (prazo de validade) de um determinado alimento e saber o que pode ser feito, do ponto de vista tecnológico, para melhorá-la.
Por meio de cálculos matemáticos pode-se avaliar, por exemplo, qual o comprometimento da vida útil de salsichas se, em vez de serem comercializadas refrigeradas a 12 ºC, como recomendam os fabricantes, forem vendidas a 15 ºC ou a 18 ºC. Ou ainda saber qual o efeito da adição de um novo conservante na formulação ou do uso de uma nova tecnologia de processamento do produto.
O método também pode ser usado para fazer avaliações quantitativas de risco à saúde do consumidor, dependendo do microrganismo patogênico considerado, das condições de produção e comercialização e da forma de consumo, “desde a fazenda até o garfo”, segundo Franco.
“No Brasil, há em geral uma subnotificação de casos de enfermidades transmitidas por alimentos, causadas por microrganismos contaminantes, e sabemos que esse problema é bem maior do que imaginamos”, disse a pesquisadora.
“Os fatores climáticos e as grandes distâncias entre o local de produção e o de consumo favorecem essas ocorrências, principalmente se as condições de transporte forem impróprias”, ressaltou.
ESPCA sobre o tema
A fim de disseminar o uso e a aplicação do novo método no Brasil, o Departamento de Alimentos e Nutrição da FCF realizou, entre os dias 28 de outubro e 5 de novembro, a São Paulo School of Advanced Science – Advances in predictive modeling and quantitative microbiological risk assessment of foods.
Coordenada por Franco e realizada no âmbito da Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA) – modalidade de apoio da FAPESP que financia cursos de curta duração em pesquisa avançada nas diferentes áreas do conhecimento –, o evento reuniu dezenas de estudantes e 17 renomados pesquisadores – provenientes dos Estados Unidos, Dinamarca, Malta, Reino Unido, Espanha, Holanda, Bélgica, Austrália, França, Grécia e do Brasil –, especialistas em microbiologia preditiva. Entre eles Paw Dalgaard, professor da Universidade Técnica da Dinamarca.
O pesquisador e colegas de seu grupo de pesquisa em microbiologia preditiva desenvolveram um software para prever o efeito das condições de temperatura constante e variável no prazo de validade de peixes e frutos do mar de águas temperadas e tropicais e no crescimento de bactérias deteriorantes desses produtos, como a Photobacterium phosphoreum e a Shewanella puftefaciens.
Disponibilizado gratuitamente na internet, o software pode auxiliar a indústria pesqueira a prever o crescimento de bactérias patogênicas em peixe fresco, por exemplo, afirma o pesquisador.
“A taxa de refrigeração é um parâmetro muito importante tanto para a ‘vida de prateleira’ quanto para a segurança de pescados e frutos do mar”, disse Dalgaard.
“Na prática, alimentos frescos e ligeiramente conservados, como peixes e frutos do mar, podem ser conservados a temperaturas entre 0 ºC e 15 ºC, mas em regiões tropicais não raro são expostos a temperaturas acima dessa faixa, facilitando o crescimento de bactérias deteriorantes do produto”, avaliou.
Na Dinamarca, por meio da diminuição e do controle da temperatura de conservação dos pescados comercializados pela indústria pesqueira do país feitos com base em modelagens microbiológicas, foi possível retirar o uso do sal nesses produtos como conservante, contou o pesquisador.
Demorou muito anos, no entanto, para a indústria pesqueira dinamarquesa compreender como a modelagem preditiva poderia ser útil para diminuir os riscos de contaminação dos pescados, ressalvou Dalgaard. “Foi necessário mudar toda uma cultura de conservação seguida há décadas”, afirmou.
Outro renomado pesquisador participante do evento foi József Baranyi, do Instituto de Pesquisa em Alimentos em Norwich, no Reino Unido.
Considerado o “pai” da modelagem preditiva, Baranyi desenvolveu e gerencia, com pesquisadores da Austrália e dos Estados Unidos, a Combined dataBase for predictive microbiology (ComBase, na sigla em inglês) – uma imensa base de dados sobre o comportamento de microrganismos em diferentes condições nos alimentos, além de uma coleção de modelos preditivos disponíveis na internet para as mais variadas aplicações na indústria alimentícia.
Atraso do Brasil
Além da Dinamarca, do Reino Unido e de outros países europeus, os Estados Unidos já adotam a modelagem preditiva.
O Departamento de Agricultura norte-americano (USDA, na sigla em inglês), por exemplo, desenvolveu, ainda nos anos 1980, um programa pioneiro de modelagem de patógenos em alimentos – o Pathogen Modeling Program (PMP) – que inclui modelos de crescimento, sobrevivência e inativação e é amplamente utilizado por diversos países.
O pesquisador Robert Buchanan, do Centro de Segurança dos Alimentos da Universidade de Maryland, dos Estados Unidos, que participou do desenvolvimento do PMP, foi um dos conferencistas da ESPCA sobre Modelagem Preditiva.
Já no Brasil – um dos maiores exportadores de alimentos do mundo – há poucos pesquisadores trabalhando nessa área, apontaram participantes do evento.
“A comunidade de pesquisa nessa área precisa ser ampliada para não ficarmos atrás do que o mundo faz hoje em termos de novas técnicas para diminuir as consequências da contaminação microbiana em alimentos”, avaliou Franco. “Por isso, foi importante a realização dessa escola na área no país.”
Franco iniciou recentemente um projeto de pesquisa em parceria com colegas da Universidade Técnica da Dinamarca.
Realizado com apoio da FAPESP, no âmbito de um acordo assinado pela instituição com o Danish Council for Strategic Research (DCSR), o projeto visa desenvolver uma modelagem preditiva de contaminação cruzada de produtos cárneos por Salmonella e Listeria monocytogenes durante as etapas de abate e processamento do produto.
Os resultados do projeto permitirão à indústria e ao varejo estabelecerem sistemas de controle, de modo a minimizar os riscos de contaminação dos produtos, estimam os pesquisadores.
Pontos críticos de controle
Em razão do clima tropical do Brasil, os ingredientes alimentícios no país têm uma carga de esporos bacterianos muito alta e com resistência térmica elevada, apontaram pesquisadores participantes do evento.
Por isso, segundo eles, é preciso desenvolver modelos de desinfecção química para que as indústrias alimentícias brasileiras saibam qual o sanitizante e em que concentração ele deve ser utilizado para desinfectar suas linhas de produção.
“Muitos desses esporos bacterianos formam biofilmes ou recobrem as paredes dos equipamentos e são de difícil eliminação”, explicou Pilar Rodriguez de Massaguer, professora aposentada da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) e pesquisadora colaboradora da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“Se houvesse modelos preditivos de desinfecção, as indústrias poderiam conhecer melhor esses microrganismos e saber quais produtos podem utilizar para eliminá-los”, apontou.
Como é possível, eventualmente, que esses esporos bacterianos sobrevivam e saiam das dependências das indústrias alimentícias, também são necessários modelos preditivos que indiquem o tempo que os microrganismos que entraram em contato com o alimento na fábrica durarão nas gôndolas dos supermercados antes de germinar, crescer e contaminar o produto, indicou a pesquisadora.
No interior dos supermercados, de acordo com Massaguer, também há a necessidade de modelar, por exemplo, o efeito da variação da temperatura de conservação em alimentos refrigerados.
“A temperatura das câmaras de refrigeração dos supermercados no Brasil varia entre 10 ºC e 15 ºC, e nunca permanece a 4 ºC [a temperatura indicada de conservação de alimentos refrigerados]”, disse Massaguer.
“É necessário avaliar qual o efeito dessa temperatura variável na limitação da vida útil em diversos alimentos à base de carne, frutas e leite produzidos no Brasil”, afirmou.
Segundo Massaguer, no Brasil a indústria alimentícia brasileira usa a modelagem preditiva apenas para solucionar problemas específicos, por meio de contrato com pesquisadores e especialistas da área, como o Labtermo da Unicamp, que ela coordena e onde são desenvolvidos estudos sobre resistência térmica, desinfecção e controle de microrganismos de interesse para a indústria.
E não há, até o momento, investimento industrial para o desenvolvimento de software para realização de microbiologia preditiva no país, apontou.
“A modelagem preditiva é uma área multidisciplinar, que requer o envolvimento não só de engenheiros de alimentos, como também de matemáticos e estatísticos. Este entrosamento ainda é incipiente no Brasil”, afirmou Massaguer.
“Este é um dos motivos pelos quais vem sendo pouco utilizada pelas indústrias alimentícias brasileiras”, avaliou.
http://agencia.fapesp.br/18316
Peixe com cabeça transparente é considerado um dos mais misteriosos do mundo
Fonte: www.Tribuna Hoje.com
O barreleye (Macropinna microstona) é um dos peixes mais intrigantes da natureza aquática
Tendo apenas 6 centímetros de comprimento, e a cabeça transparente cheia de fluido, este peixe possui órgãos olfativos, semelhantes às narinas, em uma região acima da boca, local onde se supunha que fossem os olhos do animal.
Seus órgãos visuais ficam em um local muito incomum também: dotados de lentes verdes eles se encontram quase no meio da cabeça. Seus olhos são extremamente sensíveis e captam qualquer fluxo de luz disponível. Assim, o peixe é capaz detectar objetos e animais que outros peixes não conseguem, tornando-se um temido predador.
Espécie rara de ser encontrada, por viver nas profundezas escuras dos oceanos, os cientistas só tinham acesso a ele, quando estavam mortos e haviam sido trazidos à tona em redes de pesca. Em 1939 o peixe foi descrito pela primeira vez. No entanto, apenas há alguns anos os cientistas do Monterey Bay Aquarium Research Institute, na Califórnia, conseguiram filmar a espécie, o que permitiu aos pesquisadores entender o mistério dos olhos.
Acreditava-se que esse órgão era tubular, possibilitando apenas a visão vertical para cima. Na verdade, esses olhos são capazes de girar dentro da cabeça, permitindo ao barreleye olhar também para frente.
Conhecido pelo nome de peixe fantasma ou peixe de cabeça transparente, vive entre 400 a 2.500 metros de profundidade nas águas tropicais e temperadas do Pacífico e também do Atlântico.
Modelagem computacional ajuda a melhorar a qualidade e a segurança microbiológica dos alimentos
Por: Por Elton Alisson
Agência
FAPESP – A indústria alimentícia de diversos países tem utilizado uma nova
ferramenta para melhorar a segurança e a qualidade microbiológica de seus
produtos. Trata-se da microbiologia preditiva – um sistema baseado em
modelagens matemáticas e estatísticas, realizadas por softwares, para prever o
comportamento de microrganismos em alimentos frescos ou processados.
O
novo método se apoia no princípio de que a capacidade de as bactérias e fungos
se multiplicarem nos alimentos depende de propriedades do produto, como
composição, acidez, umidade, teor de sal e de antimicrobianos presentes, além
das condições de temperatura, tempo, umidade relativa e atmosfera nas quais é
mantido. Dessa forma, o efeito de cada um desses fatores no alimento pode ser
calculado matematicamente, por meio de diferentes modelos preditivos.
Em
razão de uma série de benefícios que apresenta, o método vem substituindo a
forma tradicional de avaliar os riscos de contaminação de alimentos, feita
atualmente por meio de análises microbiológicas em laboratório, que além de
cara é limitada, uma vez que os resultados são válidos exclusivamente para a
amostra avaliada, segundo pesquisadores da área.
“Como
os microrganismos não se distribuem de modo uniforme em um alimento, é preciso
fazer análises microbiológicas de muitas amostras do produto para concluir se
ele é seguro ou não para o consumo”, disse Bernadette Dora Gombossy de Melo
Franco, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade
de São Paulo (USP), à Agência FAPESP.
“A
modelagem preditiva leva em conta os aspectos estatísticos da variabilidade e
da incerteza das medições, aliada à imprecisão dos métodos laboratoriais de
análise, para chegar a essas conclusões”, explicou Franco, que é coordenadora
do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC, na sigla em inglês) – um dos Centros
de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP.
De
acordo com Franco, com a modelagem é possível prever qual será a vida útil
(prazo de validade) de um determinado alimento e saber o que pode ser feito, do
ponto de vista tecnológico, para melhorá-la.
Por
meio de cálculos matemáticos pode-se avaliar, por exemplo, qual o
comprometimento da vida útil de salsichas se, em vez de serem comercializadas
refrigeradas a 12 ºC, como recomendam os fabricantes, forem vendidas a 15 ºC ou
a 18 ºC. Ou ainda saber qual o efeito da adição de um novo conservante na
formulação ou do uso de uma nova tecnologia de processamento do produto.
O
método também pode ser usado para fazer avaliações quantitativas de risco à
saúde do consumidor, dependendo do microrganismo patogênico considerado, das
condições de produção e comercialização e da forma de consumo, “desde a fazenda
até o garfo”, segundo Franco.
“No
Brasil, há em geral uma subnotificação de casos de enfermidades transmitidas
por alimentos, causadas por microrganismos contaminantes, e sabemos que esse
problema é bem maior do que imaginamos”, disse a pesquisadora.
“Os
fatores climáticos e as grandes distâncias entre o local de produção e o de
consumo favorecem essas ocorrências, principalmente se as condições de
transporte forem impróprias”, ressaltou.
ESPCA
sobre o tema
A
fim de disseminar o uso e a aplicação do novo método no Brasil, o Departamento
de Alimentos e Nutrição da FCF realizou, entre os dias 28 de outubro e 5 de
novembro, a São Paulo School of Advanced Science – Advances in predictive
modeling and quantitative microbiological risk assessment of foods.
Coordenada
por Franco e realizada no âmbito da Escola São Paulo de Ciência Avançada
(ESPCA) – modalidade de apoio da FAPESP que financia cursos de curta duração em
pesquisa avançada nas diferentes áreas do conhecimento –, o evento reuniu
dezenas de estudantes e 17 renomados pesquisadores – provenientes dos Estados
Unidos, Dinamarca, Malta, Reino Unido, Espanha, Holanda, Bélgica, Austrália,
França, Grécia e do Brasil –, especialistas em microbiologia preditiva. Entre
eles Paw Dalgaard, professor da Universidade Técnica da Dinamarca.
O
pesquisador e colegas de seu grupo de pesquisa em microbiologia preditiva
desenvolveram um software para prever o efeito das condições de temperatura
constante e variável no prazo de validade de peixes e frutos do mar de águas
temperadas e tropicais e no crescimento de bactérias deteriorantes desses
produtos, como a Photobacterium phosphoreum e a Shewanella puftefaciens.
Disponibilizado
gratuitamente na internet, o software pode auxiliar a indústria pesqueira a
prever o crescimento de bactérias patogênicas em peixe fresco, por exemplo,
afirma o pesquisador.
“A
taxa de refrigeração é um parâmetro muito importante tanto para a ‘vida de
prateleira’ quanto para a segurança de pescados e frutos do mar”, disse
Dalgaard.
“Na
prática, alimentos frescos e ligeiramente conservados, como peixes e frutos do
mar, podem ser conservados a temperaturas entre 0 ºC e 15 ºC, mas em regiões
tropicais não raro são expostos a temperaturas acima dessa faixa, facilitando o
crescimento de bactérias deteriorantes do produto”, avaliou.
Na
Dinamarca, por meio da diminuição e do controle da temperatura de conservação
dos pescados comercializados pela indústria pesqueira do país feitos com base
em modelagens microbiológicas, foi possível retirar o uso do sal nesses
produtos como conservante, contou o pesquisador.
Demorou
muito anos, no entanto, para a indústria pesqueira dinamarquesa compreender
como a modelagem preditiva poderia ser útil para diminuir os riscos de
contaminação dos pescados, ressalvou Dalgaard. “Foi necessário mudar toda uma
cultura de conservação seguida há décadas”, afirmou.
Outro
renomado pesquisador participante do evento foi József Baranyi, do Instituto de
Pesquisa em Alimentos em Norwich, no Reino Unido.
Considerado
o “pai” da modelagem preditiva, Baranyi desenvolveu e gerencia, com
pesquisadores da Austrália e dos Estados Unidos, a Combined dataBase for
predictive microbiology (ComBase, na sigla em inglês) – uma imensa base de
dados sobre o comportamento de microrganismos em diferentes condições nos
alimentos, além de uma coleção de modelos preditivos disponíveis na internet
para as mais variadas aplicações na indústria alimentícia.
Atraso
do Brasil
Além
da Dinamarca, do Reino Unido e de outros países europeus, os Estados Unidos já
adotam a modelagem preditiva.
O
Departamento de Agricultura norte-americano (USDA, na sigla em inglês), por
exemplo, desenvolveu, ainda nos anos 1980, um programa pioneiro de modelagem de
patógenos em alimentos – o Pathogen Modeling Program (PMP) – que inclui modelos
de crescimento, sobrevivência e inativação e é amplamente utilizado por
diversos países.
O
pesquisador Robert Buchanan, do Centro de Segurança dos Alimentos da
Universidade de Maryland, dos Estados Unidos, que participou do desenvolvimento
do PMP, foi um dos conferencistas da ESPCA sobre Modelagem Preditiva.
Já
no Brasil – um dos maiores exportadores de alimentos do mundo – há poucos
pesquisadores trabalhando nessa área, apontaram participantes do evento.
“A
comunidade de pesquisa nessa área precisa ser ampliada para não ficarmos atrás
do que o mundo faz hoje em termos de novas técnicas para diminuir as
consequências da contaminação microbiana em alimentos”, avaliou Franco. “Por
isso, foi importante a realização dessa escola na área no país.”
Franco
iniciou recentemente um projeto de pesquisa em parceria com colegas da
Universidade Técnica da Dinamarca.
Realizado
com apoio da FAPESP, no âmbito de um acordo assinado pela instituição com o
Danish Council for Strategic Research (DCSR), o projeto visa desenvolver uma
modelagem preditiva de contaminação cruzada de produtos cárneos por Salmonella
e Listeria monocytogenes durante as etapas de abate e processamento do produto.
Os
resultados do projeto permitirão à indústria e ao varejo estabelecerem sistemas
de controle, de modo a minimizar os riscos de contaminação dos produtos,
estimam os pesquisadores.
Pontos
críticos de controle
Em
razão do clima tropical do Brasil, os ingredientes alimentícios no país têm uma
carga de esporos bacterianos muito alta e com resistência térmica elevada,
apontaram pesquisadores participantes do evento.
Por
isso, segundo eles, é preciso desenvolver modelos de desinfecção química para
que as indústrias alimentícias brasileiras saibam qual o sanitizante e em que
concentração ele deve ser utilizado para desinfectar suas linhas de produção.
“Muitos
desses esporos bacterianos formam biofilmes ou recobrem as paredes dos equipamentos
e são de difícil eliminação”, explicou Pilar Rodriguez de Massaguer, professora
aposentada da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) e pesquisadora
colaboradora da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp).
“Se
houvesse modelos preditivos de desinfecção, as indústrias poderiam conhecer
melhor esses microrganismos e saber quais produtos podem utilizar para
eliminá-los”, apontou.
Como
é possível, eventualmente, que esses esporos bacterianos sobrevivam e saiam das
dependências das indústrias alimentícias, também são necessários modelos
preditivos que indiquem o tempo que os microrganismos que entraram em contato
com o alimento na fábrica durarão nas gôndolas dos supermercados antes de
germinar, crescer e contaminar o produto, indicou a pesquisadora.
No
interior dos supermercados, de acordo com Massaguer, também há a necessidade de
modelar, por exemplo, o efeito da variação da temperatura de conservação em
alimentos refrigerados.
“A
temperatura das câmaras de refrigeração dos supermercados no Brasil varia entre
10 ºC e 15 ºC, e nunca permanece a 4 ºC [a temperatura indicada de conservação
de alimentos refrigerados]”, disse Massaguer.
“É
necessário avaliar qual o efeito dessa temperatura variável na limitação da
vida útil em diversos alimentos à base de carne, frutas e leite produzidos no
Brasil”, afirmou.
Segundo
Massaguer, no Brasil a indústria alimentícia brasileira usa a modelagem
preditiva apenas para solucionar problemas específicos, por meio de contrato
com pesquisadores e especialistas da área, como o Labtermo da Unicamp, que ela
coordena e onde são desenvolvidos estudos sobre resistência térmica,
desinfecção e controle de microrganismos de interesse para a indústria.
E
não há, até o momento, investimento industrial para o desenvolvimento de
software para realização de microbiologia preditiva no país, apontou.
“A
modelagem preditiva é uma área multidisciplinar, que requer o envolvimento não
só de engenheiros de alimentos, como também de matemáticos e estatísticos. Este
entrosamento ainda é incipiente no Brasil”, afirmou Massaguer.
“Este
é um dos motivos pelos quais vem sendo pouco utilizada pelas indústrias
alimentícias brasileiras”, avaliou.
INSTITUTO DE PESCA INOVA NA ARTE DA TAXIDERMIA
Centro
de Comunicação do Instituto de Pesca, www.pesca.sp.gov.br, 2 de dezembro de
2013
FORAM
quase dois meses, desde a chegada do peixe ao Laboratório de Taxidermia do
Museu de Pesca de Santos, no dia 26 de setembro, até a finalização, no dia 20
de outubro de 2013, do trabalho de taxidermia do exemplar de pirarucu, Arapaima
gigas, medindo 2,30 metros. Ele habitava o “Acquamundo” - Aquário do Guarujá,
onde viveu 13 anos, aproximadamente. Segundo os biólogos do referido aquário,
sua morte pode ter sido por idade.
A
taxidermia desse peixe foi iniciada com a evisceração, ou seja, a retirada dos
órgãos internos do animal, seguindo-se a retirada da musculatura, deixando o
couro (ou pele) livre de qualquer outro material. Posteriormente, o pirarucu
(cabeça e couro) foi colocado em uma solução de formol, onde permaneceu por 10
dias. A partir de então, começou o enchimento com plástico-bolha, técnica
pioneira no mundo da taxidermia, criada pelo taxidermista Nelson Dreux Costa,
nelsontaxidermia@pesca.sp.gov.br, do Museu de Pesca. “Na fase de acabamento do
exemplar, depois do preenchimento com o plástico, foi a vez da reposição das
escamas do pirarucu, confeccionadas com fibra de vidro, e a recriação dos olhos
da forma mais natural possível. E, para finalizar, a pintura, com aerógrafo,
para ficar com a aparência mais real possível”, descreve Nelson Dreux. Nesse
seu trabalho, Nelson contou com a colaboração voluntária do médico-veterinário
Theo Miranda dos Reis.
A
repercussão internacional do trabalho de Nelson Dreux começou com uma lula, em
exposição no Museu desde 2003, a primeira e única lula taxidermizada do mundo,
que recebeu inclusive um elogio do renomado doutor Clyde F. E. Roper,
zoologista emérito do “Smithsonian Institution”, de Washington, D.C., a maior
autoridade em cefalópodes dos Estados Unidos. Roper interessou-se pela técnica
utilizada em uma peça desse porte.
O
QUE É TAXIDERMIA (EMPALHAMENTO)?
Antigamente
utilizava-se palha ou serragem de madeira para desenvolver a técnica da
taxidermia de um animal destinado a exposições em museus, escolas etc. Desde
2000, no Laboratório de Taxidermia e Técnicas Afins do Museu de Pesca de Santos
(SP), vem se processando uma mudança radical nessa técnica. O taxidermista
Nelson Dreux passou a utilizar plástico bolha e serragem sintética, oriundos de
plástico triturado, ecologicamente correto, recursos esses que, além de não
serem hospedeiros de cupins e brocas, dão maior leveza aos animais e permitem
que a coloração fique, inclusive, mais natural, por não sofrer o efeito da
pigmentação da serragem ou da palha de madeira. Nelson explica que a primeira coisa
que aboliu foi o uso de base de madeira para a fixação dos animais,
substituindo-a por arame, fio de cobre ou de outro tipo de metal flexível, que
ficam esteticamente melhor.
A
taxidermia (termo grego que significa ‘dar forma à pele’) é a arte de montar ou
reproduzir animais para exibição ou estudo. É a técnica de preservação da forma
da pele e do tamanho de animais, utilizada como uma importante ferramenta de
conservação para a criação de coleção científica ou para fins de exposição,
trazendo também uma alternativa de lazer e cultura para a sociedade. Essa
técnica tem como principal objetivo o resgate de espécimes descartados,
reconstituindo suas características físicas e, às vezes, simulando seu
‘habitat’, o mais fielmente possível, para que possam ser empregados como
ferramentas para a educação ambiental ou como material didático. Popularmente,
o termo empalhar já foi usado como sinônimo de "taxidermizar";
entretanto, atualmente não se usam mais os manequins de palha e barro para
substituir o corpo dos animais.
Um
taxidermista é um misto de técnico e artista. Ele transforma o animal morto em
peça didática. O Museu de Pesca, como toda instituição antiga, tem um pé no
presente e outro no passado. E muitas pessoas contribuíram para construir o seu
acervo, algumas anonimamente. No decorrer das décadas, a maioria das peças
taxidermizadas do acervo do Museu foi sendo substituída, pois esse tipo de
coleção é sempre suscetível de modificação. Mas ainda estão expostos objetos
produzidos por diferentes taxidermistas, que, cada um a seu tempo, fazem parte
da história do Museu. Da década de 1970 em diante (não existem registros dos
taxidermistas anteriores), por ordem de antiguidade, foram estes os
taxidermistas que, com técnica e arte, enriqueceram o acervo do Museu:
Durvalino Antônio dos Santos, Sebastião Medeiros, Cássia de Freitas e Waldeney
Gonçalves de Barros. Atualmente, é Nelson Dreux Costa o responsável por essa
importante atividade.
TALENTO
NA ARTE
“Há
alguém no Museu de Pesca, vinculado ao Centro do Pescado Marinho do Instituto
de Pesca, que consegue cuidar, de forma muito carinhosa, dos animais que chegam
sem vida ao Laboratório de Taxidermia e Técnicas Afins, destinados a compor o
acervo biológico da instituição. Alguém que consegue transformar peças
biológicas, muitas vezes em processo de deterioração, em objetos de arte.
Alguém que, paralelamente ao valor indiscutível de seu trabalho, tem também o
grande valor de ser muito estimado por todos: colegas, estagiários e vários
visitantes do Museu que têm a oportunidade de conhecê-lo no exercício de suas
funções. É o profissional Nelson Dreux Costa”, revela Antônio Carlos Simões,
diretor do Centro de Comunicação e Transferência do Conhecimento do Instituto
de Pesca.
O
diretor do Centro do Pescado Marinho, pesquisador científico Roberto da Graça
Lopes, considera merecer ainda destaque a busca criativa e diária que Nelson
Dreux empreende por soluções técnicas que aliem conservação biológica e
apresentação estética do acervo do Museu. “Daí, para se obterem resultados não
bastam dotes artísticos, pois é preciso inovar onde não existem técnicas
prontas. E várias soluções já foram alcançadas e outras se encontram em
processo de aperfeiçoamento, transformando o Laboratório de Taxidermia em um
verdadeiro laboratório de pesquisa biológico-museográfica”, complementa Graça
Lopes.
O
Instituto de Pesca é vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios (APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de
São Paulo.
Revisão
do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com
Oficina de orientação para elaboração de projetos abre inscrições
Será
cobrada uma taxa de investimento no valor de R$ 10,00 para alunos e R$ 20,00
para profissionais, será aberto para outros cursos da UFPA e também para alunos
externos, posteriormente, serão emitidos certificados aos participantes. A
oficina será ministrada pela bibliotecária Rosilda Ramos de Santana e as
inscrições serão realizadas na Biblioteca Norma Barata, na FABIB, ao lado da
Biblioteca Central.
Hora:
14h
Data:
16 e 17.12.2013
Local:
Auditório Enrique Campbell - Instituto de Geociências (IG) - UFPA
Informações:
99031004 ou 83004547
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
I SIMPÓSIO DO GRUPO PET-PESCA E CENTRO ACADÊMICO DE ENGENHARIA DE PESCA - UFPA
Sobre o Simpósio
Olá comunidade acadêmica, é com grande satisfação que anunciamos a 1ª edição do Simpósio em que o grupo PET-Pesca e o Centro Acadêmico de Engenharia de Pesca estão organizando em conjunto, tendo como temática do evento "As Relações Humanas com os Recursos Pesqueiros no Cenário Amazônico" o Simpósio ocorrerá nos dias 25 e 26 de novembro de 2013 no Campus de Bragança/UFPA.
Mais informações: Página do Simpósio
domingo, 10 de novembro de 2013
IV Congresso Brasileiro de Aquicultura de Espécies Nativas
Olá estudantes do Campus de Bragança, o Centro Acadêmico de Engenharia de Pesca - CAEP anuncia aos interessados que conseguirmos transporte para os discentes que participarão do Congresso em Belém, Portanto, entre o mais rápido em contato conosco para garantir sua vaga no ónibus.
Solicitação:
O estudante interessado na vaga do ónibus deve atender à alguns requisitos obrigatórios. Segue a baixo quais são:
1 - Está regulamente matriculado no curso de Engenharia de Pesca/UFPA.
2 - Apresentar comprovante de inscrição;
- Para o discente que for se inscrever no dia do evento, será priorizado o estudante já inscrito no evento.
3 - Apresentar comprovante do seguro de vida.
>>>> A solicitação para o transporte será realizada na sala do CAEP (Sala 3 Bloco 3).
Itinerário:
Ida: 17h no dia 20 de Novembro (quarta-feira) – Bragança/Belém.Volta: 18h no dia 23 de Novembro (sábado) – Belém/Bragança.
Sobre o Evento:
Informações: IV CONGRESSO
O evento irá discutir e
divulgar informações de novas tecnologias sobre o manejo aplicado à
aquicultura; atualizar conhecimentos; promover debates sobre problemas, dificuldades
técnicas, econômicas e políticas nas diferentes regiões produtoras do país; e
levantar demandas para a pesquisa científica.
Serão realizadas diversas
palestras e mesas redondas nos seguintes eixos temáticos: Reprodução,
Melhoramento Genético e Larvicultura, Nutrição e Alimentação, Sanidade e Bem
Estar, Cultivo e Produção, Tecnologia e Processamento.
Através da contribuição
científica de nossos conferencistas nacionais e apresentação trabalhos
científicos das pesquisas realizadas por vários grupos de diferentes
instituições nacionais e internacionais, o congresso propiciará a difusão de
tecnologias e conhecimentos, posicionando-se como educação continuada para a
aquicultura de espécies nativas que está atuando no campo e para o estudante,
técnico e produtores interessados no atual contexto brasileiro de produção,
reprodução, nutrição e sanidade da aquicultura de espécies nativas.
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
II Simpósio Paraense de Helmintologia
Olá acadêmicos, durante o período de 18 a 20 de novembro de 2013 ocorrerá o II Simpósio Paraense de Helmintologia no Auditório Manoel Ayres (ICB).
Informações: FaceBook
Programação do Evento
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Participe você também do Estudo GUESSS Brasil
Estudante
da UFPA (Campus de Bragança) da Graduação e da Pós:
Participe
do SORTEIO de ótimos PRÊMIOS respondendo o questionário do Estudo GUESSS
Brasil.
Clique
aqui e responda.
Em
2011, foram 5 iPads e 5 iPods. Veja aqui as fotos da premiação.
Este
ano, também teremos ótimos prêmios.
O
Estudo GUESSS Brasil está sendo realizado de 4 de outubro a 30 de novembro em
diferentes regiões do Brasil e do mundo, gerando uma base sólida de
conhecimentos para melhorar os cursos universitários e a qualidade da formação
de centenas de milhares de estudantes.
Para
participar desse projeto, você deverá responder UMA só vez e completamente o
questionário do estudo. No entanto, como a pesquisa tem por princípio não
identificar nenhum dado dos alunos – com exceção do e-mail –, é imprescindível
que você forneça exatamente o mesmo e-mail seu cadastrado na instituição de
ensino superior em que estuda.
Muito
obrigado!
Saudações,
Organizadores
do Estudo GUESSS Brasil
sábado, 26 de outubro de 2013
RUMO ao CONBEP 2015!!!
O Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca (CONBEP) é realizado a cada dois anos desde 1979. O XIX CONBEP acontecerá em São Luís do Maranhão! esperamos a presença de todos e vamos trabalhar para ser o melhor Congresso. Abraço a todos! — em São Luís.
Peixes com alto teor de mercúrio
Fonte: Jornal beira do rio.ufpa.br
Texto por: Helder Ferreira
Foto: Alexandre Moraes
Foto: Alexandre Moraes

Pesquisa realizada
pelo Grupo de Ecologia Aquática da Universidade Federal do Pará (UFPA), em
parceria com o Instituto Evandro Chagas, indica que algumas espécies de peixes
consumidos em mercados e feiras de Belém apresentam alto teor de mercúrio,
chegando a níveis acima da quantidade recomendada pela Organização Mundial da
Saúde (OMS).
O estudo foi
realizado por Juliana Araújo, aluna de Graduação em Ciências Biológicas da
UFPA, sob a coordenação do professor Tommaso Giarrizzo, contou com a
colaboração do pesquisador do Instituto Evandro Chagas (IEC) Marcelo de
Oliveira Lima. Segundo Juliana, o fato de não haver pesquisas sobre o tema em
Belém funcionou como um incentivo inicial, “aqui, no laboratório, já
desenvolvemos trabalhos sobre a contaminação de mercúrio. Pesquisamos e
descobrimos que, na capital, ninguém havia feito essa análise antes”.
No processo, foram
coletadas amostras de peixes carnívoros, onívoros e importados.“Escolhemos os
principais mercados e supermercados de Belém para fazer a amostragem. Decidimos
ir aos mesmos lugares frequentados pelo consumidor. Nossa opção foi coletar a
maior diversidade e trazer para o laboratório”, explica Juliana Araújo.
Metal é varrido do
solo pela água da chuva
Os pescados que
apresentaram índices de mercúrio acima do recomendado foram tucunaré, cação e
pescada branca (peixes carnívoros) e a tainha–curimã (peixe onívoro). A razão
apontada pela estudante para a contaminação é o solo da região, rico em
mercúrio em razão da antiga formação geológica. Presente no solo, o metal é
varrido para os rios pela água da chuva e sofre um processo químico
transformando-se em um componente orgânico consumido pelos peixes.
“Os peixes herbívoros
consomem plantas que contêm uma pequena quantidade de mercúrio acumulada e
tendem a apresentar baixos índices de contaminação. Por sua vez, os onívoros
consomem alimentos com índices de mercúrio levemente mais elevados, como:
insetos, algas, moluscos e outros peixes. Os carnívoros alimentam-se de peixes
já contaminados, por isso apresentam índices mais altos de contaminação”,
esclarece Juliana Araújo.
Embora esteja
comprovada a contaminação de algumas espécies de pescados da Bacia Amazônica,
não há registros comprovados do “mercurialismo”, termo utilizado para denominar
o conjunto de sintomas proveniente da alta ingestão do metal. “Há diagnósticos
de absorção em comunidades ribeirinhas, mas não há relatos de contaminação
extrema”, ressalta a estudante.
Segundo Tommaso
Giarrizzo, é necessário haver maior controle e vigilância sobre o pescado no
Brasil. O professor adverte que não há razão para uma dieta restritiva aos
pescados, mas é necessário identificar os locais de pesca onde há risco de
contaminação.
“Neste sentido, o
estudo foi uma provocação para que as autoridades sanitárias tenham maior
cuidado com a fiscalização da qualidade do pescado que está sendo consumido
pelos paraenses. A carne bovina, por exemplo, passa por inspeções estadual e
federal, além do Controle de Inspeção e Fiscalização (CIF), que se configura
como um selo de qualidade do produto”, avalia.
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