Fonte: 8º CBC
A Sociedade Brasileira de Carcinologia (SBC) foi fundada
em 1982 para o fim especial de reunir a comunidade de pesquisadores ligados ao
estudo dos Crustáceos, principalmente no Brasil. O grupo de animais denominado
Crustacea constitui organismos invertebrados artrópodes e são os mais diversos
em variação de tamanho e forma conhecidos, habitam principalmente o ambiente
aquático (de águas marinhas a fluviais), mas também podem ser terrestres ou
semi-terrrestres. Além dos mais conhecidos pelo seu valor socioeconômico como
os siris e demais caranguejos, lagostas e camarões, há uma enorme abundância e
diversidade de espécies como as que ocupam o mundo microscópio (zooplâncton) e
outras menos populares como ermitões, tatuís, cracas, pulga-d’água e
tatuzinho-de-jardim. Todas são importantes ecologicamente para o ecossistema
que ocupam e para a manutenção da biodiversidade e conservação ambiental.
Nas
últimas décadas vem ocorrendo um aumento significativo no nível das pesquisas
que vêm sendo desenvolvidas nas instituições de pesquisa e nas universidades,
tornando necessária a criação de espaços próprios para a apresentação dos
resultados das investigações e para a troca de experiências entre os
investigadores. Em 1982, durante a realização do IX Congresso Brasileiro de Zoologia, na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, ocorreu o primeiro evento especial voltado exclusivamente ao
estudo dos crustáceos, o I Simpósio
Brasileiro de Carcinocultura. Nos anos subsequentes, as contribuições dos
carcinólogos brasileiros continuaram a aumentar com divulgações dos estudos
sobre os crustáceos. Assim, com o aumento na demanda científica, em 2000, foi
realizado o I Congresso Brasileiro sobre
Crustáceos, definido como um evento científico promovido bianualmente pela
Sociedade Brasileira de Carcinologia. Este evento reúne os principais
pesquisadores da área de Carcinologia nas esferas internacional, nacional e
regional.
De 9 a 12 de Novembro de 2014 será
realizada a oitava edição deste congresso que será sediado na cidade de Bonito
(MT). O tema deste congresso “Transições evolutivas: crustáceos no mar, na água
doce e na terra”, remete a uma reflexão sobre os Crustáceos que inicialmente em
ambientes marinhos foram chegar a terras tão distantes no interior do Pantanal.
É extremamente válida uma discussão sobre como vem se dando o processo
evolutivo culminando com espécies como o Potiicoara
brasiliensis um microcrustáceos endêmico das cavernas da serra de Bodoquena
ou o Dilocarcinus pagei uma espécie
de caranguejo que sobrevive às adversidades dos períodos de seca do pantanal e
que representa um elemento fundamental na economia local através de seu uso
como isca viva. É uma oportunidade ímpar de empresas, comunidade científica,
política e sociedade civil organizada mostrarem e conhecerem as ações nesta
questão, trocarem ideias e direcionar planejamentos futuros de conservação e
sustentabilidade no Brasil e, particularmente, no Centro Oeste.
Nenhum comentário:
Postar um comentário