quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Fêmeas de guppy têm maior numero de juvenis quando acasalam com vários machos


Fonte: http://www.jn.pt/blogs/osbichos/archive/2012/10/15/f-234-meas-dos-peixes-guppy-t-234-m-mais-fihos-quando-acasalam-com-v-225-rios-machos.aspx 

            Miguel Barbosa, investigador do Scottish Oceans Institute (Instituto Escocês dos Oceanos) da Universidade de St. Andrews, na Escócia, explicou à agência Lusa que se “pensava que um macho era suficiente para a fêmea ter os ovos todos fertilizados e que não havia qualquer razão para uma fêmea procurar um segundo ou terceiro macho”.

            As fêmeas que se reproduzem com vários machos produzem juvenis mais coloridos e em maior número, ou seja, “67% mais juvenis do que fêmeas guppy que tenha só um macho”, referiu.

            No decorrer do trabalho do seu grupo de cientistas, conclui-se que “a fêmea que se reproduz com vários machos tem ao dispor diferentes tipos de esperma e o melhor vai fertilizar os ovos”.

            Essa escolha “decorre dentro do corpo da fêmea, depois de haver a reprodução”, especificou Miguel Barbosa.

            A característica de qualidade do guppy macho passa para sua prole e fica também aberta a hipótese de evitar a incompatibilidade genética entre os progenitores.

            O investigador defendeu que “uma boa aplicabilidade (deste conhecimento) seria na aquicultura”, onde há o problema da consanguinidade dos peixes, que se reproduzem entre si.

            Na reprodução entre indivíduos de uma mesma família, a probabilidades de gera proles não saudáveis é enorme, frisou.

            Assim, “pode ser feita inseminação artificial com esperma de vários machos e combate-se a probabilidade de o esperma de um só macho ser incompatível com as características genéticas da fêmea”, sugeriu.

            Como resultado, as unidades de produção de peixe em cativeiro obtinham “mais juvenis e de maior qualidade”, por exemplo, no que respeita a textura do peixe, concluiu o investigador.

            E Miguel Barbosa vai um pouco mais longe ao dizer que, se se souber qual a melhor compatibilidade genética para a fêmea, é possível encontrar o “macho perfeito” e maximizar a produção.



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