Um
projeto desenvolvido pela empresa de assistência técnica e extensão rural do
estado do Pará (Emater), em parceria com a secretaria municipal de pesca de Bragança,
nordeste paraense, está dando destino ao resíduo de uma fábrica de pescado do
município e transformando o material em complemento alimentar para peixe.
O
composto à base de escama, espinha, pele de pescado, cabeça, ossos, que utiliza
ainda soro de leite e melaço de cana, transformado em laboratório em silagem
desidratada em pó apresenta todos os aminoácidos essenciais para a alimentação
do peixe. O processo tecnológico laboratorial foi realizado na Universidade Federal do Pará (UFPA), campus de Bragança.
A
experiência surgiu da necessidade de fortalecer a piscicultura no município e
ajudar a diminuir os custos do piscicultor com a compra da ração. Pelo menos
30% dos custos com a criação do peixe estão relacionados à ração. Além disso, o
reaproveitamento do resíduo está dando um novo destino ao material que era
despejado no lixão da cidade, prejudicando o lençol freático e atraindo
roedores, insetos.
A equipe
técnica parte agora para o segundo momento dos testes e começa a desenvolver
uma tecnologia alternativa adaptada às condições do piscicultor. O espaço para
o novo teste será a unidade didático-agroecológica do nordeste paraense (UDB),
uma vitrine de tecnologias da Emater. Para desenvolver a produção da ração
serão utilizados também produtos descartados como lixo: vasilhames plásticos,
garrafas pet, baldes, que ajudarão na construção do ciclo artesanal.
Segundo a
engenheira agrônoma da Emater, Maria Eduarda Sousa, o processo ainda envolve a
implantação de duas unidades de observação nas comunidades Gessé Guimarães e Montenegro.
Bragança é o terceiro município maior produtor de pescado no Pará que é
responsável pela segunda maior produção pesqueira do brasil.
Texto:
Email:
ascomematerpara@gmail.com
Site:
www.emater.pa.gov.br
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