Fonte:
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/10/governo-proibe-por-mais-tres-anos-pesca-do-mero-para-preservar-especie.html
Por:
Eduardo Carvalho do Globo Natureza, em São Paulo.

Elaborada
pelos Ministérios da Pesca e do Meio Ambiente, a normativa proíbe o transporte,
a descaracterização, comercialização, beneficiamento e industrialização deste
animal, sob risco de sanções por crime ambiental. O objetivo é preservar o
mero, considerado ameaçado de extinção. Entretanto, a pesca para fins
científicos está liberada.
Segundo
a publicação, um grupo de trabalho será instituído pelos dois ministérios para
estudar formas de preservar a espécie, que pode ser encontrada na região de
estuários e manguezais.
Conhecido
ainda por nomes como canapú, bodete, badejão, merete e merote, oEpinephelus
itajara passou a integrar em 2004 a lista do governo federal de animais
invertebrados aquáticos e peixes com risco de desaparecer da natureza.
A
espécie também integra a lista vermelha de animais ameaçados da União
Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês),
instituição ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
Prorrogação
necessária
A
normativa interministerial prorroga a moratória instituída em 2002 pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), que
proibiu por cinco anos a pesca do mero. Em 2007 houve um novo adiamento de
cinco anos, que venceu em 2012. Agora, a moratória vale por mais 36 meses.
De
acordo com a professora Beatrice Padovani, do Departamento de oceanografia da
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a continuidade da proibição
contribui para reduzir a pesca excessiva – que ainda continua a acontecer em várias
regiões do país.
“Já
não vemos exemplares com pesos e tamanhos que eram encontrados antigamente. Há
casos no Brasil de meros com 200 kg, hoje já não é possível encontrá-los,
porque para ele alcançar esse peso, são precisos muitos anos”, afirma.
Beatrice
afirma ainda que outro problema do desaparecimento de meros é a sua
vulnerabilidade. Segundo ela, o animal não tem medo de seres humanos, é curioso
e os indivíduos jovens vivem em mangues, que estão ameaçados pela expansão
urbana.
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