quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE 2012) volta a ocorrer no Norte

              Bom dia, leia a noticia abaixo do Portal da UFPA sobre o congresso que ocorreu em Belém que infelizmente o grupo não participou devido esta participando em Castanhal do V Seminário Internacional, ocorrendo nos mesmos dias do Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE 2012), congresso esse que traz em debate a questão do profissional engenheiro frente a sociedade.


Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia volta a ocorrer no Norte


Depois de 16 anos, o Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia  (Cobenge) volta a ser realizado na Região Norte. Graças aos esforços dos representantes da Universidade Federal do Pará, Belém está sediando a 40ª edição do evento. O objetivo do XL Cobenge é criar um ambiente para discussões sobre a educação em Engenharia no País e partilhar experiências vividas pelos participantes das mais diversas escolas de Engenharia do Brasil. O Congresso discute o ensino e a prática da Engenharia, como meios fundamentais para que o Brasil possa atingir os avanços no desenvolvimento da infraestrutura previsto para os próximos anos.
Cerimônia de Abertura – Na noite desta segunda-feira, 3, foi iniciado oficialmente o evento. A mesa de abertura foi composta pelo membro da coordenação do evento, professor Luciano Nicolau da Costa; o presidente da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), Nival de Almeida; a diretora do ITEC, Emília Tostes; o presidente do Conselho Federal de Engenharia e Economia (Confea), José Tadeu da Silva; e representando o reitor da UFPA, Carlos Maneschy, estava o Pró-Reitor de Administração, Edson Ortiz de Matos.
Desafio – De acordo com o coordenador do evento, realizar o Cobenge na capital paraense foi um projeto audacioso, resultado de um árduo trabalho, que começou ainda em 2010, na última edição do Congresso. “Era um sonho trazer o Congresso para cá”, revelou.
Para ele, a discussão do novo perfil do engenheiro está extremamente ligada com o ensino da profissão. “Hoje, o engenheiro precisa ser também um administrador, o mundo está em constantes transformações e o ensino da Engenharia precisa acompanhá-las. Mudando o ensino também se muda  o perfil desse futuro engenheiro.”
Região ímpar – “A Região Amazônica é vista pelo resto do mundo como potencial criadora de novas formas de uso da tecnologia, aliada à sustentabilidade e ao meio ambiente”, assim define Antônio Carlos Albério, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará. “Precisamos descobrir como está também o ensino desta área nas mais diversas realidades. A Amazônia, com certeza, tem um compromisso com a sustentabilidade, e nossos engenheiros podem descobrir, junto com os do restante do país, novas formas de realizar este manejo, de forma assertiva.”
Já para Nival Nunes de Almeida, presidente da Abenge, a região é única por sua biodiversidade, por sua cultura e também pela formação étnica diversificada. “Essa mistura transforma o Pará numa base científica muito importante. Os professore e pesquisadores daqui estão, cada vez mais, preocupados não só com a formação de Engenheiros, mas também com a produção de novas tecnologias que possibilitem uma autonomia, ou seja, uma menor necessidade de se importar tecnologia do exterior.”
Plenária– A primeira Plenária do Cobenge foi realizada na manhã desta segunda,3, no auditório do Centro de Eventos Benedito Nunes, e colocou em discussão a Política para a Formação de Engenheiros no Brasil.
O debate foi mediado pelo reitor da UFPA, Carlos Maneschy, que deu as boas-vindas aos participantes e destacou o tema como sendo estratégico para o desenvolvimento do País. “Não há nenhuma dúvida em relação à compreensão de que, sem o maior número possível de engenheiros formados com qualidade, o País, muito provavelmente, não conseguirá dar o salto de qualidade que se espera ou, pelo menos, mantenha o nível de avanço no seu Produto Interno Bruto (PIB) mais próximo das taxas que são requeridas para que o nosso desenvolvimento tenha alguma sustentabilidade.”
O primeiro convidado da Plenária a fazer a explanação foi o diretor de Educação a Distância da Capes, João Carlos Teatine. Ele falou dos incentivos do governo federal para a formação de novos engenheiros no Brasil e citou como exemplo, o Programa Pró-Engenharia, o qual deverá ganhar maior força a partir deste ano.
O debate seguiu com o presidente do Confea, José Tadeu da Silva, que apresentou os números de profissionais registrados nos Conselhos e comparou o Brasil com outros países em desenvolvimento. “Temos cerca de 470 mil engenheiros registrados nos Conselhos, esse número corresponde aos profissionais que a Índia forma em dois anos”, e completa, “o Brasil é a sexta maior economia do mundo, mas se o País não fizer os investimentos necessários nos próximos doze anos, cairá para a 15ª ou 16ª posição. Eu não consigo ver um país se desenvolver, progredir, crescer, sem a engenharia.”
O último convidado a fazer sua explanação sobre o tema foi o coordenador geral de Expansão e Gestão do MEC, Antônio Simões Silva. Ele fez uma apresentação dos números de alunos matriculados em instituições de ensino superior público e particular, os quais somam mais de seis milhões. Quase metade das matrículas da educação superior concentra-se nos cursos de Administração (1,1 milhão), Direito (651 mil), Pedagogia (573 mil) e Engenharia (420 mil).
Texto: Ericka Pinto e Yuri Coelho – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre Moraes e Laís Teixeira

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