sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Pesca de arrasto seletiva! com saída de emergência para peixes


Como e de conhecimento dos graduandos de Engenharia de Pesca, a pesca de arrasto e uma pratica bastante utilizada, porem extremamente danosa ao meio aquático, sendo bastante criticada devido a sua não seleção de espécies e tamanho dos indivíduos, arrastando tudo que estive em seu caminho, ocasionando a movimentação de sedimentos de fundo, destruição de habitat de espécies bentônicas e a captura de indivíduos juvenis.

Dados recentes mostram que 40% da alimentação no mundo advêm da pesca, todavia mais de 20 milhões de toneladas de peixe são descartados aos oceanos anualmente por dois motivos: Os peixes capturados não possuem valor econômico, tornando inviável transporta-lo dentro do navio ou a espécie capturada não possui o tamanho suficiente para serem comercializados.

Levando em consideração todo esse desperdício e a degradação ambiental em torno da pesca de arrasto, Mas Don Watson, aluno da Escola de Arte de Glasgow, resolveu encarar o desafio, desenvolve um apetrecho de pesca que fosse seletivo, e sua brilhante criação atende pelo nome de SafetyNet. Uma rede de pesca com anéis bem visíveis e que funcionam como portas de emergência para os peixes de menor tamanho e espécies não alvo da captura. A SafetyNet foi projetada para fazer com que a pesca de arrasto capture apenas espécimes adultos da arinca (Melanogrammus aeglefinus) e badejo, evitando que sejam capturados peixes com tamanho inferior ao considerado ideal para ser comercializado.


Os anéis como mostrado (foto 2) podem ser incorporados a qualquer rede já existente bastando apenas uma média de 20 dispositivos, o que representa um investimento de 630 euros.


Os dispositivos são colocados no fundo das redes, no local onde os peixes ficam retidos quando capturados, e geram sua própria energia através dos movimentos das redes. Isto é, uma vez colocadas, não há a preocupação da troca de baterias.

Já as luzes de sinalização ao redor dos anéis são ativadas assim que a rede atinge certa profundidade, fazendo com que fiquem mais visíveis estimulando os peixes a atravessá-los. Além dos anéis serem feitos de um material rígido, o que os mantêm abertos mesmo quando arrastados e sob tensão.

O Watson já almejou um prêmio de 1300 euros no Reino Unido, devido À sua contribuição inovadora no campo da sustentabilidade e agora vai tentar bater finalistas de 17 países pelo prêmio internacional James Dyson (no valor de 13.000 euros).

Ainda assim, já foi anunciado publicamente que Watson  vai tentar lançar o produto comercialmente visando a comunidade pesqueira independente do seu resultado no concurso.

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