Como
e de conhecimento dos graduandos de Engenharia de Pesca, a pesca de arrasto e
uma pratica bastante utilizada, porem extremamente danosa ao meio aquático, sendo
bastante criticada devido a sua não seleção de espécies e tamanho dos
indivíduos, arrastando tudo que estive em seu caminho, ocasionando a
movimentação de sedimentos de fundo, destruição de habitat de espécies
bentônicas e a captura de indivíduos juvenis.
Dados
recentes mostram que 40% da alimentação no mundo advêm da pesca, todavia mais
de 20 milhões de toneladas de peixe são descartados aos oceanos anualmente por
dois motivos: Os peixes capturados não possuem valor econômico, tornando
inviável transporta-lo dentro do navio ou a espécie capturada não possui o
tamanho suficiente para serem comercializados.
Levando
em consideração todo esse desperdício e a degradação ambiental em torno da
pesca de arrasto, Mas Don Watson, aluno da Escola de Arte de Glasgow, resolveu
encarar o desafio, desenvolve um apetrecho de pesca que fosse seletivo, e sua
brilhante criação atende pelo nome de SafetyNet.
Uma rede de pesca com anéis bem visíveis e que funcionam como portas de
emergência para os peixes de menor tamanho e espécies não alvo da captura. A
SafetyNet foi projetada para fazer com que a pesca de arrasto capture apenas
espécimes adultos da arinca (Melanogrammus
aeglefinus) e badejo, evitando que sejam capturados peixes com tamanho
inferior ao considerado ideal para ser comercializado.
Os anéis como mostrado (foto 2) podem ser incorporados a qualquer rede já existente bastando apenas uma média de 20 dispositivos, o que representa um investimento de 630 euros.
Os
dispositivos são colocados no fundo das redes, no local onde os peixes ficam
retidos quando capturados, e geram sua própria energia através dos movimentos
das redes. Isto é, uma vez colocadas, não há a preocupação da troca de
baterias.
Já
as luzes de sinalização ao redor dos anéis são ativadas assim que a rede atinge
certa profundidade, fazendo com que fiquem mais visíveis estimulando os peixes
a atravessá-los. Além dos anéis serem feitos de um material rígido, o que os
mantêm abertos mesmo quando arrastados e sob tensão.
O
Watson já almejou um prêmio de 1300 euros no Reino Unido, devido À sua
contribuição inovadora no campo da sustentabilidade e agora vai tentar bater
finalistas de 17 países pelo prêmio internacional James Dyson (no valor de
13.000 euros).
Ainda
assim, já foi anunciado publicamente que Watson vai tentar lançar o produto comercialmente
visando a comunidade pesqueira independente do seu resultado no concurso.
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