Fonte: AFP - Agence France-Presse - Publicação: 06/09/2013
A Coreia do Sul
proibiu nesta sexta-feira (06/09) os peixes e mariscos procedentes da região
japonesa de Fukushima e lamentou a falta de informações sobre os vazamentos de
água radioativa da central nuclear.
"Todos os produtos
do mar procedentes desta região serão proibidos, estejam contaminados ou
não", anunciou o ministério de Oceanos e Pesca.
"A preocupação da
população aumenta com o vazamento a cada dia de centenas de toneladas de água
contaminada pelas radiações", afirma um comunicado, segundo o qual as
"informações fornecidas pelo Japão não permitem saber como as coisas deve
evoluir".
A situação do complexo
nuclear destruído por um tsunami em 11 de março de 2011 voltou ao noticiário
nas últimas semanas em consequência dos vazamentos ao mar de água radioativa,
armazenada em depósitos da central.
O consumo de pescado e
crustáceos na Coreia do Sul diminuiu consideravelmente. Seul já havia limitado
a importação de produtos alimentícios procedentes de Fukushima e de outros sete
municípios próximos.
O governo do Japão
lamentou a decisão e afirmou que as normas de segurança alimentar são
"rígidas, incluindo os produtos do mar, e se baseiam em normas
internacionais".
Fukushima Daiichi abriga
quase 400.000 toneladas de água contaminada com césio, estrôncio, trítio e
outras substâncias radioativas, depositadas no subsolo ou armazenadas em mil
tanques especiais.
Este volume aumenta cada
dia em 400 toneladas.
Nesta sexta-feira, a
Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da central, anunciou que recolocou em
posição mais segura um guindaste que havia reclinado sobre o reator 3.
O guindaste é utilizado
para retirar os dejetos acumulados do reator 3, cujo edifício de proteção ficou
parcialmente destruído em uma explosão de hidrogênio em março de 2011.
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