Fonte: www.rogeriosilveira.jor.br |
Fonte: Centro de Comunicação do Instituto de Pesca, Set/2013
(www.pesca.sp.gov.br)
MARICULTORES da Associação dos
Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha (MAPEC), Caraguatatuba (SP),
estão fazendo manifestações, através de faixas afixadas em frente à sede da
Associação, protestando contra a omissão da Petrobrás/Transpetro em reparar os
prejuízos causados por empresas por conta do vazamento de óleo ocorrido em
abril deste ano, que atingiu, além da fazenda de mexilhões localizada na Praia
da Cocanha, diversas outras praias, manguezais e costões rochosos dos
municípios de São Sebastião e Caraguatatuba.
Segundo Helcio Luis de Almeida
Marques, helcio@pesca.sp.gov.br, pesquisador científico do Instituto de Pesca
(da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo), que
desenvolve pesquisas científicas na referida fazenda, os maricultores estão sem
trabalhar desde o dia 5 de abril, quando o local foi atingido por mancha de
óleo, contaminando os mexilhões e tornando-os impróprios para consumo. Quase
seis meses depois, a Petrobrás/Transpetro ainda não atendeu às solicitações dos
maricultores no sentido de reparar os prejuízos causados pelo acidente.
Diversas famílias de maricultores
associados dependem direta ou indiretamente da produção de mexilhões e, no
momento, estão sobrevivendo graças à ajuda emergencial proporcionada pela
Prefeitura de Caraguatatuba, que está oferecendo um auxílio mensal aos
maricultores, que, no entanto, terminará em dezembro. Depois disso, ninguém
sabe ao certo como ficará a situação dessas famílias.
“As atividades normais da fazenda
só serão retomadas após a completa substituição das estruturas de cultivo
existentes (long-lines, redes de cultivo) e nova captação de ´sementes´ para
dar início a um novo ciclo de cultivo. Na hipótese mais otimista, apenas no
final de 2014 os maricultores poderiam retomar a venda de mexilhões e, ainda
assim, de forma precária, havendo necessidade de reconstruir toda a cadeia de
comercialização dos mexilhões, totalmente desarticulada com a paralisação das
vendas, o que poderá levar anos”, complementa o pesquisador.
Revisão do texto: Márcia Navarro
Cipólli, navarro98@gmail.com
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