domingo, 29 de setembro de 2013

Maricultores de Caraguatatuba protestam contra prejuízos causados por vazamento de óleo

Fonte: www.rogeriosilveira.jor.br


Fonte: Centro de Comunicação do Instituto de Pesca, Set/2013 (www.pesca.sp.gov.br)

MARICULTORES da Associação dos Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha (MAPEC), Caraguatatuba (SP), estão fazendo manifestações, através de faixas afixadas em frente à sede da Associação, protestando contra a omissão da Petrobrás/Transpetro em reparar os prejuízos causados por empresas por conta do vazamento de óleo ocorrido em abril deste ano, que atingiu, além da fazenda de mexilhões localizada na Praia da Cocanha, diversas outras praias, manguezais e costões rochosos dos municípios de São Sebastião e Caraguatatuba.

Segundo Helcio Luis de Almeida Marques, helcio@pesca.sp.gov.br, pesquisador científico do Instituto de Pesca (da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo), que desenvolve pesquisas científicas na referida fazenda, os maricultores estão sem trabalhar desde o dia 5 de abril, quando o local foi atingido por mancha de óleo, contaminando os mexilhões e tornando-os impróprios para consumo. Quase seis meses depois, a Petrobrás/Transpetro ainda não atendeu às solicitações dos maricultores no sentido de reparar os prejuízos causados pelo acidente.

Diversas famílias de maricultores associados dependem direta ou indiretamente da produção de mexilhões e, no momento, estão sobrevivendo graças à ajuda emergencial proporcionada pela Prefeitura de Caraguatatuba, que está oferecendo um auxílio mensal aos maricultores, que, no entanto, terminará em dezembro. Depois disso, ninguém sabe ao certo como ficará a situação dessas famílias.

“As atividades normais da fazenda só serão retomadas após a completa substituição das estruturas de cultivo existentes (long-lines, redes de cultivo) e nova captação de ´sementes´ para dar início a um novo ciclo de cultivo. Na hipótese mais otimista, apenas no final de 2014 os maricultores poderiam retomar a venda de mexilhões e, ainda assim, de forma precária, havendo necessidade de reconstruir toda a cadeia de comercialização dos mexilhões, totalmente desarticulada com a paralisação das vendas, o que poderá levar anos”, complementa o pesquisador.

Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com

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